Hoje eu trouxe como panorama de análise, o filme considerado um “drama-biográfico” – Nise, o coração da loucura. Um parênteses: eu “adoro” filmes e a sua utilização na didática em geral. A história é contada no contexto do Hospital Psiquiátrico do Engenho de Dentro subúrbio do Rio de Janeiro, e a atuação brilhante da Psiquiatra Nise da Silveira.
Como dizem por aí, “botei reparo” em vários pontos de reflexão e que podem ser tranquilamente transpostos a outros contextos e objetos de nossa análise e aprendizado.
Algumas lições importantes:
a) o inconformismo positivo: aquele incômodo necessário a todos nós, que nos move rumo ao progresso, à evolução, que nos faz saber que pode-se mais, que nos faz saber que é possível ser diferente. Um inconformismo que leva à ação.
b) a riqueza da discordância: a mentalidade de que não é necessário concordar com o “status quo”, com os sistemas vigentes e que existe sempre outras alternativas para os problemas. Sim, requer valentia, coragem e disposição para contrapor colegas de trabalho, ter persistência, autoconfiança e transformar. Quebrar padrões vigentes, mudar a transmissão de comportamentos de épocas, é sim, possível.
c) o respeito ao humano: independente das condições físicas, mentais, econômicas e sociais, buscar o respeito ao ser humano, acima de tudo. Em todas as situações, privilegiar a opção por medidas, métodos e tratamentos humanizados e acima de tudo, respeitosos.
d) o machismo: demonstrou claramente como as restrições nas relações de trabalho entre os gêneros eram mais escancaradas (época em que as mulheres eram para casar, somente). A realização de um trabalho sob esse prisma pressupõe a necessidade de um esforço dobrado e sem contar com a inexistência de parcerias e apoios. A desigualdade nesse quesito era ainda mais gritante, pra não dizer, gigante.
e) estilo de liderança: uma mulher, que preserva suas características femininas e se mostra naturalmente forte em atitudes, com posicionamentos firmes e ao mesmo tempo docente e afetuosa na convivência. Conseguiu, mantendo seu estilo próprio, liderar mudanças significativas, sem ser autoritária, sem impor sua posição. Me fez recordar uma frase da Margareth Thatcher, “Ser líder é como ser uma dama: se você precisa provar que é, então você não é. “
E você, qual legado está deixando?
“Há dez mil modos de ocupar-se da vida e de pertencer a sua época… Repetindo, há dez mil modos de pertencer à vida e de lutar por ela.” (Nise da Silveira)
Fonte: da Wikipedia
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Até sempre
Darlene
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