Numa pesquisa realizada recentemente sobre felicidade, pelo Economista Richard Layard, demonstra que as pessoas preferem sozinhas a ter que interagir com seus líderes. As pessoas se reconhecem muito felizes ao lado de famílias, amigos. O líder vem por último.
Olhem essas impressionantes informações.
Ainda, as pessoas que sofrem com seus líderes tem desenvolvido doenças complexas, estresse, depressão, síndrome do pânico, o que as tem afastado de suas atividades profissionais com muita regularidade. A cobrança intensa e não necessariamente adequada por resultados cada vez maiores e mais rápidos faz crescer o nível do estresse que por sua vez, pode transformar-se em doenças piores, como a depressão. Além de serem uma das causas dos distúrbios de humor e de ansiedades.
Já se tornou um dos grandes motivos de afastamentos do trabalho, conforme informações dos órgãos responsáveis.
Para alguns “chefes”, com letras minúsculas, subordinados não têm o direito de ter família, e tampouco, problemas particulares, familiares e situações emocionais. São uns verdadeiros aniquiladores, do “ideal”, do sentido positivo do trabalho em si.
Colaboram para aumentar o conceito “depreciativo” que o trabalho carrega por conta da sua própria história. Não é à toa que muitos o encaram como castigo e não como um prazer, como uma oportunidade para aprender, para crescer e ser produtivo. E pensar que mais de 60% das satisfações permanentes dos seres humanos provêm das atividades produtivas !! (AHHH)
Não seja um líder (ou melhor chefe) redutor do desejo de trabalhar dos outros.
Naquele dia profissional inusitado entrei na minha “baia” ou área de trabalho num estado deplorável. Vergonhoso! De um jeito, nunca antes ocorrido nos meus mais de trinta anos de trabalhos profissionais no mundo corporativo. Super abastecida de uma emoção negativa, de um sentimento de desrespeito. Não, daquela forma, eu NUNCA havia sentido. Um nó na garganta e aos prantos! Literalmente. Me deixei levar pela emoção negativa. Lembro como se fosse hoje, porque cenas como essas, não são tão fáceis de esquecer.
Havia recebido os meus primeiros cumprimentos de pêsames pelo falecimento do meu pai, sem que ele nem mesmo tivesse ainda falecido. Eu havia mencionado que o caso dele era crítico e que provavelmente não haveria mais recursos médicos. Junto com os pêsames, a mensagem de que estaria fora do projeto porque eu “estava vivendo uma situação difícil na esfera particular” (meu pai estava na UTI, em fase terminal). Não cabe detalhes, que certamente, estava coberto de muitas outras variáveis. Foi uma crueldade!
Por merecimento, ou por lei de correspondência fui recebida e amparada por uma colega de trabalho, sensível e solidária, que me aconchegou. Somente ela presenciou e soube dessa minha passagem histórica.
A morte dele, do meu querido pai, ocorreu poucos dias depois.
Sempre alimentei o pensamento de aprender com o que me acontece. Analiso, penso e estabeleço medidas. Há sempre lições a serem capturadas e especialmente nesse episódio não foi diferente. Essa e outras tantas ocorrências ajudaram-me a reafirmar os meus propósitos por trabalhar para projetos e iniciativas conectadas ao ser humano, à vida. Ao colaborar com o desenvolvimento de pessoas posso contribuir na formação de novas mentalidades, mais humanas, mais dispostas a compreender as emoções uns dos outros, mais sensível à integralidade dos indivíduos. O profissional não pode ser considerado, tratado uma “coisa”, um “recurso” a serviço dos resultados. É gente. Bom, era assim que eu gostaria de ter sido tratada naquele momento.
Importante fazer ainda uma consideração: uma pessoa, um único chefe não representa com suas atitudes, a totalidade de uma organização. Ou seja, ter “uma” pessoa assim na sua trajetória profissional não necessariamente destitui o valor que você tem da organização. E posso afirmar que tive um imenso prazer em atuar nas empresas pelas quais passei e sou-lhes muito agradecida.
Mas como nada acontece por acaso, e sempre para o nosso bem e crescimento, daquele dia em diante, um pensamento, uma decisão começou a crescer comigo internamente… EU PRECISO MUDAR!!! Não posso permitir-me ser tratada, desrespeitosamente. NUNCA MAIS. Qualquer tipo de dependência que eu tivesse naquele momento precisaria ser trabalhada, para criar condições de realizar. mobilizar um futuro diferente.
Aprenda a lidar por isso…
Antes que você veja sua auto-estima dizimada por essas questões, por esses fatores propulsores de emoções negativas, busque desenvolver estratégias e caminhos que te alimentem positivamente.
Você pode se deparar com situações muito legais e novas perspectivas de atuação, em contextos emocionalmente mais favoráveis, protegendo sua saúde e bem estar. Ou mesmo, descobrir razões fortes que ampliem suas motivações e engajamento no trabalho, mudando então o foco, reduzindo os impactos das relações negativas, tóxicas
Dizem que escrever é um santo remédio. Ajuda a “aclarar” as ideias, a tirar de dentro o que não nos faz bem, e a ampliar as compreensões que temos.. Escrevo, porque, depois de tantos anos considero essa emoção negativa dissipada. Penso que ao transferir em palavras e compartilhar, posso ajudar outras pessoas a atuarem melhor em situações similares.
Não quero isso mais em mim. Ponto!
“que o perdão seja sagrado, que a fé seja infinita, que o homem seja livre, que a justiça sobreviva.. aiai ”
Até sempre..
Darlene
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