Há poucos dias a publicação de duas mulheres que respeito me fizeram parar o que estava fazendo pra pensar. A primeira, uma dessas frases rápidas, sugeriu escolher bem as pessoas a quem se dedicar (com quem anda), os livros que lê e a maneira com que investe seu tempo. A segunda, de uma brasileira que mora nos Estados Unidos há décadas, após a separação no casamento lamenta ter que passar somente quinze dias do mês com os filhos e acaba de perder pessoas queridas dessa vida. Chama a atenção sobre o que importa.

A mente “farturenta” que é de movimentos passeia adoidado com esses dois insights. Aliás, como sempre. E o que ressalta hoje é principalmente sobre como tem sido a aplicação do meu tempo: pessoas, leituras, projetos … que marcas estão ficando pelo caminho.
Ao ver pessoas vivendo à revelia, urrando condutas indevidas, menosprezando e desrespeitando os demais, desigualdades de todo tipo, opressões veladas penso: e eu com tudo isso? Ouvi de uma conhecida um tempo atrás que para sobreviver a algumas intempéries, por vezes a melhor saída é fingir demência. Ahhhh exercício hercúleo esse!! Quando vejo algo de índole questionável normalmente me pronuncio. Tento escolher a forma e não significa que sempre acerto no jeito. Também não significa que estou certa ou tenho todo o conhecimento necessário para ter razão. Mas tenho posição e busco ouvir lados diferentes do meu. E isso não é fácil não. As vezes chateia, às vezes dói. Incomoda. A gente e os outros.
Por vezes me pergunto se vale mesmo a pena. De uma coisa eu sei: que continuo com meus estudos (especializações) e pesquisas no campo das ciências humanas e me vejo sempre escolhendo o lado de ser “ativa”. Isso tem lá seu preço.
Nesses momentos de autoanálise acabo me conectando conceitos como brio, dignidade, justiça e honradez. Não dá pra passar pela vida incólume não.
Boa semana e “força na peruca”.
Darlene Dutra
Deixe um comentário